1. |
Licença
01:35
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Meu povo me dê licença minha mãe a sua benção tenho um verso pra cantar
Venho lá de onde não lembro, cresci no colo do vento, chorei na hora de andar
Tem dias que o peito aperta e a cantiga ali desperta pra cabeça aliviar
E noites de furacão, alegria multidão, só resta ao corpo rodar
Rodei, dancei e cantei pro mar
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2. |
Deixa pra trás
04:12
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Faz tua cabeça e vai ser aquilo que te fizer melhor pra essa hora. Não se deixar levar pela onda que faz gente andar pra trás. Todos querem. Quem será que sabe a labuta de levar a sério essa luta? Então vai, deixa pra trás, deixa pra trás...
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3. |
Golda sagrada
04:05
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As asas já dei a Deus, adeus
Um riso, um peito atingido só quem se ligou fui eu
O vento fazia harmonia com os lábios teus
As taras: já deu eu sei, eu sei
Um rito: na golda sagrada só não vai quem já morreu
O vento fazia harmonia com os lábios teus
Vem dançar, bater tambor
Vem cantar, chuva chegou
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4. |
Há de chegar
03:35
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Há de chegar a justiça que fez o homem acreditar que a esperança é caminho profundo, que a lembrança é quem dita o seu rumo e tem mais. Há de chegar com seu traje brilhante e sua pluma que afagam os sentidos que rumam pra fagulha de alma que queima a maldade e traz paz.
Há de chegar pra aliviar
Há de chegar
Há de chegar feito rima certeira em cantiga, com dois olhos de peixe e uma embira segurando um chocalho feito pra ninar
Há de chegar e o coração não duvida que a beleza maior dessa vida tá guardada pra quando a jornada acabar
Há de chegar pra aliviar
Há de chegar
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5. |
Mudando a estação
04:05
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Quando a saudade e o silêncio juntarem-se a dor não restaram nem fagulhas pros olhos, minha sombra será verdadeira, os meus passos terão o seu chão. Que é pra mente sentir a fisgada da luz feito peixe e sua última aventura Mudando a estação, estou mudando a estação
Se novamente eu sangrar a navalha esquecida, essa mesma que fere o opressor, lembrarei das promessas pra minha mãe, salgarei meus caminhos. Sei que o belo talvez seja essa visão, mas cegueira também é bem vinda pra esses tempos de acorde menor
Mudando a estação, estou mudando a estação.
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6. |
Chegou a hora
02:24
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Chegou a hora de deixar pra trás nosso chão. É peito aberto como quem não faz distinção do que é ser bem normal. Já sinto até o teu suor que sempre foi lição se espalhando em cada verso meu
Chegou a hora e o tempo não secou o penar. Olhar pra trás e perceber de vez quem lutou, marcou o peito e foi cobrado em todos os sinais, guardou no olho já sabendo o que ia enxergar e fez do riso raro o que viria
Marcou o peito e foi cobrado em todos os sinais guardou no olho já sabendo o que ia enxergar e fez do riso raro o que viria.
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7. |
Fim das certezas
02:42
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O sol no horizonte abraça o mar, abraça um monte, finda certezas no meu coração
O céu todo azul se faz de mar quando sem onda. Fim da ladeira, água e sal, guenta coração
Bom dia sol
Bom dia
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8. |
Longe é aqui
03:59
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Achem colírio pro olho do mundo já bem vermelho de tudo enxergar
Meu infinito de cada segundo tem relação bem direta com ar
Achem colírio pro olho do mundo e um bom calmante pras ondas do mar
Salgando o sono do tolo profundo, salvando aquilo que dá pra gastar
Meu antídoto químico refletindo as heranças do condutor
Perceber bem de leve a ferida envolvida na cor
Teu orgasmo bem bípede feito bip que marca antiga atração
Perceber nova hera, retardo da lágrima ao chão
Deus até faz canção.
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9. |
Mutante
02:49
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Vai, cê sabe o rumo, já pulou o muro, então mente aberta pra seguir além
Já brincou de roda, já cantou a reza e não sentiu medo do trovão
Você vai
Você vem
Você cai
Diz amém
Vai chegar além...
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10. |
O céu fechou
02:57
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O tempo é de susto dentro dessa estação primaveril, flor e fuzil
Vão marchando às milhas muitos filhos e filhas dessa mãe, foice certeira, abortadeira
Olha pro céu meu amor, o céu fechou
Olha pro céu meu amor, o céu fechou
O mundo caiu a banda, mas quem é que quer saber
Sem a tv talvez você haverá de ver mais vida pra lá desse nosso instante, enquanto não, anda adiante
Olha pro céu meu amor, o céu fechou
Olha pro céu meu amor, o céu fechou
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